Ao tentar ler meus pensamentos
De idéias suas a frente encontradas
Varridas ao sabor dos ventos
Acumuladas em algum canto imaginário
Acumuladas nas prateleiras da memória
As poeiras dos sentimentos esquecidos
Dos momentos intensos vividos
Retrasem a vontade de mudança
Resta-me apenas, a fiel amiga, Esperança
Que se refaz a cada instante mais
Deste os tempos de criança
Quando as primeiras poeiras se acumularam
Olho para frente e revejo
O passado de um gauchito andejo
Viajado por infindáveis estradas
Formadas de seus pensamentos e sonhos
Procuro o calor do sol para me aquecer
Abrir os olhos para a vida lá fora
Talvez aproveitar melhor esse amanhecer
E lustrar meus sentimentos sem uso
Talvez seja assim, a um lustre sem fim
Que conseguirei desta vez, e sem esforço
Indagar o que realmente quero e serei
A uma memória já quase limpa da vida
Faxina quase pronta não sei se ainda quero
Muito de mim espero que talvez, melhor não
Prefiro permanecer a escuridão, a conhecer...
Conhecer a real realidade da vida.
Diôzer R. Dias