"As imagens a frente nos remetem a ilusão de conhecermos o tudo de tão pouco espaço, num ângulo de visão distorcido quanto a realidade dos caminhos tomados ao longo da vida. A vivência de tempos nos transmite a certeza do ontem e a bravura do hoje, mas não pode nos mostrar o caminho do correto amanhã. Os versos em suas variadas formas, demostram de forma única a cada um de nós, as maneiras de levar a frente a maior incógnita do mundo, a vida! - Sintam-se a vontade para comentar ." O autor.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

NOMADE

Dentro do carro
Plugo o MP3
É sexta feira
Eu já saio outra vez.

Pego meu rumo
Sem rumo
Vou pra qualquer lugar.

O caminho é apenas detalhe
O importante é chegar
Em um lugar que não sei onde esta
O importante é chegar.

Eu sou um nômade
Sem rumo
Um nômade a procura de aventura
Eu sou um nômade
Sem rumo
O destino é apenas um detalhe
Eu sou um nômade
Sem rumo
Um nômade a procura
De algo que
Não sei onde esta.

Diôzer R. Dias / Diogo R. Dias.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

LEMBRANÇAS EMOLDURADAS

Tua estampa farrapa
Retrata os moldes de uma história
Nada escapa a tua vasta experiência
Nesta longa jornada de existência.

Chapéu de pança de burro
Teu limite entre o céu
E uma ponta de lança junto ao peito
Trazida como lembrança.

São resquícios de uma infância
Daquelas mal domadas
Que tu, homem rude desigual
Vem a anos domando um e outro bagual.

Um lenço a meia estirpe
É o que traz ao pescoço
Um osso de canela auxilia no nó
Que volta-o a profissão de ginete.

Encarnado como o sangue de suas veias
O lenço do xirú que a anos atrás
Viu entre os demais
De sua raça sulina.

Mais de uma judiaria
Entre seus irmãos, cuja única diferença
Era a cor do lenço que traziam
Se faziam animais entre homens.

O pala guarda entre o corpo
As recordações de um passado
Entrelaçado por lembranças e vivencias
E as tantas tendências hoje já esquecidas.

São experiências vividas
Por um homem do pampa
Que retrata sua estampa em versos
Guardadas, por um pala cor da noite.

O cinto que segura a bombacha
Já serviu de aconchego
E fez chamego a sua pistola
Que hoje demora a saltar da bainha.

Retratos de uma vida bruta
As mãos calejadas da terra ardida
Já não remetem feridas junto ao lanço
Trançado a capricho quando piá.

O companheiro desde a infância
Vai junto em toda carreteada
Por vezes fica solito
Só a escutar um grito de “Era Boi”

Um violão bem afinado
Um pinho de incontáveis histórias
Um alambrado de cordas
Um corpo esguio acariciado.

Cada favo da bombacha
Retrata uma anedota bem feita
Perfeitas não seriam elas
Sem a companhia da prateada.

Faca de muito carinho, delgada
No conforto de sua bainha
Sente-se uma rainha ao desfilar no povaréu
E ele, o réu, condenado a carrega-la por toda uma vida.

Se vem com os dedos dos pés aparecendo
Não é por relaxamento ou desgosto
É o amor pela tradição da bota de seu pai
Feita de algum garrão, arrancado a campo fora.

Sua casa não tem tramelas
Nem suas janelas são grandiosas
É simples, mas incomparavelmente belas
Estejam onde for.

Onde for seus pensamentos
Onde for seus sentimentos
Onde forem seus relentos
Onde forem seus ideais.

Sua casa é sobre rodas de madeira
Que de alguma maneira ainda hoje
Carrega os sonhos de algum bagual
Como um abraço em afeto paternal.

Emolduram novamente seus sentimentos
Uma forma de semente querendo germinar
Antes mesmo de terminar sua existência
Vai ainda pousar, na querência, do coração.

Diôzer R. Dias.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CUIDADOR DO FOGO

Recostado em um banco de cebo
Remoendo alguma saudade de outrora
Revendo os tempos de agora
Recriei uma saudade ingrata

A uma dor que me mata
Pito com respeito e bem devagar
A amarrar a folha do palheiro
Ponho a prova meus sentimentos

Frente aos adventos
Do sagrado fogo de chão
A uma cuia com chimarrão
Contei minhas magoas e desatinos

Como outro taura malino
De revesgueio me esbarro
E amarro meus sentimentos
Em qualquer tento de palha

Avista-me da parede de costaneiras
A dias já esquecido
Meu velho violão partido
Bem ao meio por seu alambrado

Quantas lembranças desalmadas
A um velho taura sulino
Das tardes em vespertino
Que amadureceram com o tempo

Rompe o anoitecer no pago
E permaneço solito no galpão
A escuridão que me ronda
Não invade este sagrado chão

A lenha não se acaba
Quanto maior o clarão
Mais meu coração se aquecia
A entrar uma noite fria

A lembrança de uma guria
Pra um pachola redentor
Tem a sina de cuida dor
E a saudade como companheira

Cuido por uma vida um fogo
Que sempre me aquecera
Que aqui sempre estará
Cuidando deste pago

Falta no peito o afago
Da prenda que não esqueci
Acha que já a perdi
Por algum atalho tomado

Ficando eu, mal domado
A cabresto, sem espora
Sem mais alguma demora
Sorvo um novo amargo

E permaneço solito
Até quando Deus quiser
Se vier uma companheira
Agradecerei ao infinito

Se não vier, permanecerei aqui
Um eterno cuida dor do fogo
Pitando um fumo novo
Sorvendo o amargo de sempre.

Diôzer R. Dias

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O DESAFIO DOS 7

7 coisas que eu tenho que fazer antes de morrer:
- escrever um livro;
- casar;
- educar/criar dois filhos;
- aprender japonês/chinês;
- conhecer melhor o Brasil;
- ensinar a alguém os valores que aprendi;
- deixar ao menos uma pessoa pensando sempre em mim.

7 coisas que eu mais digo:
- Diôzer (tenho que repetir várias vezes no dia e4)
- bah!!!
- entendeu?!
- tchê!
- eai!
- loco.... - hehaehe
- “a verdade – sempre”

7 coisas que eu faço bem:
- ensinar;
- resolver problemas;
- trabalhar sob pressão;
- pressionar;
- cuidar;
- dividir as coisas/assuntos;
- dançar.

7 defeitos meus:
- não esconder os problemas;
- querer sempre ajudar;
- fazer além do que é esperado;
- esperar/querer muito dos outros;
- não saber mentir;
- querer sempre mais e mais;
- não cuidar da saúde como deveria!

7 coisas que eu amo:
- família;
- profissão;
- amigos;
- dançar;
- ajudar;
- aprender;
- viver.

7 qualidades:
- prefiro
- que
- me
- conheçam
- e respondam
- essa
- questão J.

7 pessoas para fazer esse jogo:
- posso indicar,
- mas quem gostar,
- sinta-se a vontade
- para compartilhar
- um pouco
- de sua vida
- com os amigos.

Vlw Juh!! bjão!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

UM ALGUEM

Eram dois corações a se enrolar
Talvez duas flores a se entrelaçar
Quando do auto de um sorriso viu brotar
Uma bela flor no rosto a desabrochar

Leva a alma em seu olhar
A calma e a bravura do vento ao falar
Traz consigo uma meninice a imaginar
O que o coração quer, é se apaixonar

A tua boca aguça meu paladar
Com um sabor que se sente e se faz respeitar
E quando meus lábios procuram tocar
Os lábios teus permanecem a soprar

Vejo em teus olhos um brilho a incrustar
Minhas vontades permanecem a trançar
Nossas vidas puras que continuam a sonhar
Com um ontem que teima em voltar

Tua pele rosada fica a me provocar
Quando de um gesto a exalar
Provas de que um dia vai me dar
Algo, que ainda precisa me provar

Preciso do teu abraço para me inundar
Carinhos e afetos quero contigo trocar
E um sentimento tardio tento mudar
Ao ver que estou a te incomodar

Eu não consigo parar
De, da tua pessoa falar
Como um laço a rodear
Fico em tua volta a andar

Segura uma flor a brilhar
Querendo pra o mundo gritar
Quem quiser em seus pensamentos nadar
Vai ter que aprender a te amar.

Diôzer R. Dias

- Direitos:

Todos os textos/frases/mensagens/palavras/etc..., aqui postados são de autoria de Diôzer Rodrigues Dias, as imagens utilizadas foram retiradas através de site de busca na internet. Todo e qualquer artigo literário que venha a ser utilizado neste Blog levará como rodapé sua autoria.

Sem mais, espero que gostem da leitura e aproveitem bem o espaço destinado a comentários.

Att. Diôzer Rodrigues Dias.