"As imagens a frente nos remetem a ilusão de conhecermos o tudo de tão pouco espaço, num ângulo de visão distorcido quanto a realidade dos caminhos tomados ao longo da vida. A vivência de tempos nos transmite a certeza do ontem e a bravura do hoje, mas não pode nos mostrar o caminho do correto amanhã. Os versos em suas variadas formas, demostram de forma única a cada um de nós, as maneiras de levar a frente a maior incógnita do mundo, a vida! - Sintam-se a vontade para comentar ." O autor.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

PEQUENOS AMORES

Duas almas em uma só
Dois corpos que mesmo longe
Não ficam sós
São meios se tornando um

Vejo no olhar a ternura
De uma paixão infinda
Como uma foto linda
Vive o pequeno casal

A distancia não importa mais
Desde que ela não volte atrás
A distancia estará aqui
Pela vida inteira

Mas meus passos
Seguem teus passos então
Mesmo curtos
Buscam teu coração

Viajo a te encontrar
Sem ter razão assim
Quero te reencontrar
Te-la só pra mim

A distancia não importa mais
Desde que ele não volte atrás
Mas a distancia sempre vem
Trazendo aquele alguém

Diôzer R. Dias

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O PODER DE UNS OLHOS NEGROS

Admiro tua imagem antiga
Preto e branco somente ferida
Em um rosto singelo
De traços fortes e belo

Olha a vida nos olhos nus
Onde tua direção conduz
Sem saber o destino certo
Caminha, de olhos bem abertos

Teu olhar ilumina a imensidão
De toda a minha escuridão
Causam medo, são inofensivos
Os tenho como atrativos

Rosto bem desenhado
Com carinho foi banhado
Sem pressa esculpido
Por algum anjo vivido

De tua pele fizeram tecido
O veludo tenha nascido
Com a suavidade ao tocar
Seu sorriso parece cantar

Encontro em teus lábios a ternura
Em teus olhos a imensidão
Mostrando-me toda a bravura
Deste sofrido coração

Com uma mecha a deslizar
Os pensamentos vivem a vagar
Nos longos cabelos escuros
Cheios de sentimentos puros

Consegue me hipnotizar
Com o poder de teus olhos negros
Beleza sem igual a olhar
Um presente dos Deuses gregos

Fico a imaginar como seria
Se teu olho ali permaneceria
A me olhar incessantemente
Com uma paixão ardente

São dois olhos que nunca vão se tocar
Donos de uma alma inspirada
Em pensamentos vive a vagar
Nesse mundo, amedrontada

Posso ver nas retinas escuras
Os sentimentos que procuras
Sem titubear no amanhecer
Abre eles para a vida viver

De boca fechada e cerrada
Com um simples tope rosa
Foste eternamente amarrada
Nessa moldura tão formosa

Te emoldurei em minhas retinas
Para acompanhar minhas duas meninas
Que trago desde que a este mundo vim
Meus olhos menina, a trouxeram para mim

Esconde a mão direita
Relembrando o passado
Com uma frase bem feita
Por ti me sinto abraçado

Ontem queria ver a lua
Não tinha nem a face tua
Apenas tua imagem a sussurrar
Com a fita rosa tentando me amarrar

Fita em forma de tope macio
Fica a esconder esta boca pequena
Que não sai nenhum pio
Dos lábios desta morena

Queria eu apenas uma vez
Dizer que esse laço se desfez
Tocando em tua mão doce
Levaria te para onde fosse

Estes olhos negros têm o poder
De ao olhar me paralisar
Não controlo meu ser
Não consigo ao menos respirar

Dois olhos negros em uma face
São da alma o disfarce
Em um gesto desigual
Emoldurando um ser imortal.

Diôzer R. Dias

quinta-feira, 15 de julho de 2010

TEMPO

Que loucura ver o tempo passar
E as mesmas coisas se repetirem
Como pessoas queridas a partirem
E nós continuamos sozinhos, a andar.

Maneados pelo tempo que nunca igual
Hora passa depressa, hora é vagaroso
Ta sim, esse tal tempo, muito do baldoso
Vamos, rolados por ele, pior que um animal.

Tentamos e até conseguimos
Graças ao Patrão Celeste
Que um pouco de paciência empreste
Para cada dia, mais longe irmos.

Sem ter um rumo certo, sigo, só sigo.
Mas sem afrouxar pra tempo feio
Boto cancha feito dono de rodeio
Porque uma coisa ainda não consigo.

Não consigo te provar que estou certo
Talvez pelo tempo ser tão pouco
Ou meu instinto que não deixa de ser louco
Por querer você aqui, sempre por perto.

Sou andejo, levado pelo minuano
Buscando a compreensão de tantos
Através de minhas poesias e cantos
Que retrato a muito mais de ano.

Sem perceber transcrevo versos
Buscando um infinito de outro tempo
Que vem de mancito, transando tento
Mostrando minha vida ao inverso.

Será errado eu chimarronear
Com campeiros de longa data
Será errado eu cortar caminho pela mata
Só para mais de perto ver teu olhar.

Mulher com ares de menina
Que o tempo rude me presenteou
Com um sorriso a duas marcas me maneou
Mostrando o tempo que essa é a minha sina.

Aceitar eu devo, acreditar não consigo
Quase uma iguaria sem preço
Guacha, ainda de mancito, no começo
Vou a trote, no teu rastro eu sigo.

O tempo será sempre pouco
Para uma proza de romanceiro
Que vem e vai como tropeiro
Seguindo sempre no mesmo tranco.

Trago no poncho um costume antigo
De falar, levar e buscar sempre a verdade
Não dou regalo pra nenhuma idade
Mesmo que a um grande amigo.

Nesta hora em que meus olhos sangram
Por saberem da verdade
Que um coração guarda tanta maldade
O meu volta a ser solidão.

Ah, tempo maleva e traiçoeiro.
Por ser tão pequeno não te tenho
O suficiente, a tua imagem só desenho
Por ser apenas, bom companheiro.

Tu que és usado como desculpa
Quanto maior, maior a razão
Eu que te tenho sem distinção
Sou o único que leva a culpa.

Tu bem sabes tempo desgarrado
Quem tem a palavra incrustada
Nunca refuga uma estrada
É o meu coração abandonado.

Tempo velho, que conhece a todos
Sopra no ouvido daquela china
E me aparta dessa judiaria de sina
Que de ti tempo, quero muitos outros.

Bueno demais também estraga
Tem que ter um falatório diferente
Afinal, vivemos lidando com gente
Sorvendo uma vida meio amarga.

Lembrando de tudo o que falei
Para uns e para outros por ai
Fico ao relento, silencioso, pensando em ti
Usando de toda a calma que herdei.

Seu tempo, já dei o meu recado,
Leva na garupa estas palavras
Que deixo nestes versos lavradas
Pois eu, mereço ser amado.

Diôzer R. Dias

quarta-feira, 14 de julho de 2010

UM DIA

Desisti de tentar entender
Onde andam meus pensamentos
Largados aos quatro ventos
Repetindo o mesmo sem entender.

Parei de ser eu mesmo
Quando te conheci
Percebi que sempre vivi
Bem perdido, andando a esmo.

Querem que eu mude
Meu modo de pensar
Vivo sem rumo, devagar a andar
Para um mundo que me ilude.

Sei que não existe tal rumo
Tomo qualquer direção
Pois sou um moleque sem razão
Que sem perceber, um dia sumo.

Levo a vida calado
Sem saber o que fazer
Com medo do errado dizer
E aqui não me sinto amado.

Ouço meus passos pela casa
Há anos sou um pássaro preso
Que mesmo sem penas, carrego um peso
Engaiolado e sem minhas asas.

Eu sou uma vontade reprimida
Seus teus sonhos a luz da lua
Eu sou a razão da vida tua
Sou tuas palavras ao falar de vida.

Não ouço minha voz
Pois não tenho esse privilégio
Vivo criando um provérbio
Que não necessita de “nós”.

Acumulo vontades infindas
Para um limite muito curto
Pode ser só um surto
Poderiam ser lembranças lindas.

Um dia serão só passado
Hoje é o presente que assombra
Que amanha será apenas uma sombra
Em meu passado repassado.

Diôzer R. Dias

SERA ESSE EU?

As vezes me pego a pensar
O quero da minha vida
Se é realmente alguém para amar
Ou somente mais uma lista

Brinco com meus sentimentos
Sem notar ao meu redor
O quanto fico cada dia menor
Mudando meus pensamentos

Parei, e resolvi pensar
Em quem queria me amar
Fiquei sozinho outra vez
Vagando por meus pensamentos

Parei porque queria chorar
Lembrando meu passado presente
Querendo a um sentimento agarrar
Com mão lisas, fiquei só

As vezes vago em meus sonhos
Buscando um algo irreal
Vivendo neste mundo
Acreditando tudo ser igual

Brinco de gritar e sorrir
Copiando um alguém anormal
Tentando ser sempre
Uma pessoa normal...
Diôzer R. Dias

JOVENS ASSIM

Mesmo que sejamos nós
Jovens loucos desse mundo
Fazemos dos amigos a vida
Puxando lembranças do fundo

Brincando de palavras
Nos escondendo entrelinhas
Tantas lembranças minhas
Removendo a solidão

Buscando outra forma
Que não seja normal
De viver a vida
Nesse mundo animal
Buscando aquele dia
Em meio ao temporal
Passamos a vida
Nesse mundo marginal

Rumando pelas cidades
Os pensamentos fluem
Talvez se mudem
Pras idéias inovar

Mesmo que o céu
Não esteja azul
Vejo o véu
Que cai em ti

Mesmo que brinque
De ser só seu
Busco em teu rosto
Um sonho meu.

Diôzer R. Dias

terça-feira, 13 de julho de 2010

CASTRADOR

Nasce o sol pra mais um dia de sacrifícios
Aprumam-se os patrícios visando o dia que vem
Já esperam por manotaços e puaços
Dos futuros companheiros de lida

Acalma a peonada na roda de mate
Um a um como num arremate são escolhidos a dedo
Cavalos de toda crina, um mais viril que o outro
Sem pensar nem de relancina em seus destinos

Não são malinos mas é a ordem do patrão
Judiar de mais de um redomão por capricho
Sei que não é gente, é bicho, mas merece respeito
Já nasceu deste jeito, foi Deus quem quis assim

Lembro bem de mim, quando ouvi o primeiro grunido
Aquele longo gemido que vinha da alma
O fio da faca nunca acalma, a dor do parceiro
Que nos amadrinha com orgulho e devoção

Sei que as dores do coração são empurradas
E amarradas pela bravura deste chão
Não posso conter a emoção ao lembrar
De como aprendi a castrar nos atalhos dessa vida

Como uma sina, de lida nunca quis pensar
Em um dia amarrar potro pra esse fim
Precisava ser assim? Frio e inquieto...
Hoje é a vez de meu neto, conhecer o legado

Avistar potro amarrado sem importar o pelo
Possa ser cuidado com zelo tem o mesmo fim
Sempre é trazido pra mim na idade correta
A lágrima é certa, mas o serviço deve ter fim

Com uma gota por potro já fiz rio
Desfiz tanta alegria de muito aporreado
Essa angustia me mata, mas aceitei o destino
Precisa é a incisão no calor da emoção

Meu neto até hoje so olhara ao redor
E ao menor de meus gestos traiçoeiros
Em meio aos caborteiros ele vai repetindo
Em sangue esvaindo, respeitando a tradição

Essa mistura de emoção com ares que arrependimento
Tocam meu coração aflorando os sentimentos
Meu neto já traz na alma a imagem do castrador
Não tem medo da dor, leva respeito e humildade

Mostra a humanidade que tem seu valor
O oficio de castrador passado de pai pra filho
Um legado honrado na figura da pampa
Traz em sua estampa uma cirurgia primitiva

O guri já tinha 13 anos de campo
Não foi criado a espanto da circunstancias
Aprendeu nas estâncias a ser homem
Cada coisa a seu tempo, sem atropelos

Conhece todos os pelos que podia
Naquele dia, sentiria o calor do sangue
Mais de perto o sentido de dor
E o bafo de um relincho ao ouvido

Um palmo de prateada e mais nada
Ensinei em uma volteada iniciar o serviço
Pega no ponto certo o vivente sem medo
Meu neto mete os dedo, na espinha um arrepio

A prateada ia canta alto naquela hora
Mas do garoto a demora canso a peonada
Sem mais nada a garantir, o garoto a sorrir
Pediu so mais um achego, já tinha passado o medo

Terminei o serviço ali mesmo, ligeirito
Do piá ouvi um grito reclamando ser dele
Separei pra ti foi aquele, num suspiro retruquei
Trazendo o do patrão, maneei e larguei pra ele

Me arregala os olhos num ato de desespero
Meu neto, meu herdeiro, não te michas assim
Faz o serviço pra mim, é o que lhe peço
Vai ser teu primeiro, porque já foi meu ultimo

Sorriu a capricho, pediu que trouxessem o bicho
Recosto a prateada que ganhara quando gurizote
Sempre com ela a trote vinha me fazendo costado
Gostava do som dela de lado num alambrado

O matungo já tinham arrastado pra perto de nós
Não se ouvia um pio da peonada
Tinha até uma moça prendada passando o amargo
Uns iam mesmo no trago, outros, so esperando o guri

De frente ao baio do patrão, de fana na mão
Meu neto que nunca foi inquieto, acalmou-o
Me pediu um ultimo conselho pra tal maldade
Não importa a idade, o serviço será feito
“Meu neto, vá com jeito que o Patrão Celeste te acompanha”

Não sentia mais frio, so o gelo de um fio de faca
Afastou-lhe as patas visando seu objetivo
Sempre ficaram vivos os potros que castrei
Com ele, eu sei, não seria diferente

Serrou na boca os dentes evitando o choro
A emoção lhe continha, enquanto mais perto vinha
Daquele meio centauro que ao patrão faria costado
Estava de pé amarrado sem caminho a seguir

O rapazito era mais ligeiro do que eu esperava
Enquanto a ultima maneia apertava num susto
O fio da faca foi ouvido, era mais um partido
Com incisão de respeito, não teve outro jeito

Espalhou-se a peonada em mais um silencio
O patrão seu Juvêncio, vinha conferir o serviço
O que tinha feito com seu petiço naquela manha
Seria do piazinho algum feitiço, daquela estirpe

Um corte sem muito sinal, sem judiar do bagual
De pouco sangue para a terra sedenta
A mangueira nem ficou sangrenta nesse dia
Reluziram os olhos por respeito ao trabalho

Parece até mentira contar, o potro não pode andar
Isso já era esperado, mesmo ainda maneado
Virando a cara pro castrador, em meio ao calor
Parece ter agradecido um pouco menos de dor

Um rancho com céu aberto, viu nascer por certo
Mais um companheiro de cina, um dia buscará uma china
Mas nunca deixará do oficio, esse meu é patrício
Levando o legado da família por onde for

Joga truco cantando flor, declama de peito aberto
Sempre de chapéu entre o corpo e o teto
Não aprendeu a ser cantor, Deus não lhe deu esse dom
Trouxe sim foi de berço uma herança, a de castrador.

Diôzer R. Dias

ESSE MENINO

Eu era aquele garotinho
Sentado ali no canto
Calado a espanto
Das duras palavras da vida

Buscando na seriedade da vida
A esperança que resta
Ficou no peito uma aresta
Ainda a ser preenchida

Cresci calado e amarrado
Por sentimentos diferentes
Mudei minha sorte, sou forte
Ainda sorrio para o mundo
Mudei minha vida, agora é vivida
Ainda guardo a esperança
E as memórias como lembrança

Crescendo em meio a erros
Juro não vou mudar
Mas a sorte a separar
As vontades minhas

Sentado em um canto
Penso no futuro que virá
Quem um dia dirá
Quem foi esse menino.
Diôzer R. Dias

POR QUE ESCREVO

Faço poesias contanto a minha verdade
É bárbara e crua a realidade
Quando não se fala em maldade

Mostro no rosto uma face pura
Que o mundo olha e jura
Suportar as dificuldades de tal altura

Trago no jogo do amor
Bem perto do peito uma flor
Pra segurar as lágrimas da dor

Tendo sempre meio de lado
Um laço que me foi apadrinhado
Por um peito magoado

Faço poesias lembrando uma vida
Que temos apenas de ida
Os ensinamentos de uma rude lida

Aprendendo nas coisas que trago
A respeitar a todo pago
Pra não receber um mate muito amargo

Sem respeitar convenções
Trago no peito as velhas missões
Lembradas envolta aos fogões

Uma ansiedade meio que me revolta
Quando do coração batem a porta
Para dizer que aquele tempo não volta

Faço poesias lembrando o passado
Aquele velho pala amarrotado
E os meus lenços amontoados

Não uso de versos não rimados
Para que o coração dos enamorados
Nunca fiquem abandonados

Aprendemos o pezinho a dançar
Do churrasco a gostar
E o chimarrão a cultivar

Conhecemos o brinco de princesa
A uma prenda tratar com leveza
A este pago gostar com certeza

Faço poesias para meus amigos
Mesmo sendo alguns antigos
Nunca me apresentaram inimigos

Pessoas que me trouxeram sorte
Ainda não me livraram da morte
Mas sempre sabem seu norte

Amigos de indiadas por demais
Lidam sempre por seus ideais
E não se entregam já mais

Dos mais longínquos pagos
Acreditam até em bruxas e magos
Buscando seus grandes afagos

Faço poesias para o tempo de agora
Que me mostra a realidade lá fora
E algumas coisas, não deixa ir embora

Tempo tardio ou repentino
Tira lágrimas dos olhos deste menino
Lembrando com orgulho de um hino

Tempo amigo e companheiro
Traz sempre consigo um herdeiro
E mostra-nos um pago hospitaleiro

Tempo de façanhas e intrigas mil
Que gosta muito de brigas a fio
Sendo da calma, curto o pavio

Faço poesias para meus amores
Que apesar de tantas dores
Nunca conseguiria guardar rancores

É como um vento uivando
Quando o coração gritando
Fica por ai vagando, e andando

Buscando uma forma de aparecer
Recostado em seu humilde ser
Aos pouquitos esta a crescer

Aprendendo mais e mais da vida
Foi traído por várias partidas
E consolado pelas experiências vividas

Faço poesias agradecendo
O quando venho crescendo
E dessa vida aprendendo

Buscando no Patrão Maior
Uma vida digna e melhor
Sem dos outros pensar o pior

Encontro na Senhora do pago
Todo aconchego e afago
Domando as agonias que trago

É esta fé que move montanhas
Conhece vozes estranhas
Que me ensina muitas manhas

Faço poesias para o Rio Grande
Pago bunacho e gigante
De imensas belezas por onde ande

Cultivando os costumes deste povo
Que vive a buscar um algo novo
Na roda de mate em que sorvo

Em meio a churrasco e chimarrão
Que vai repassado de mão em mão
Cultivando essa bela tradição

Me agrada o fogo de domingo
O bater de patas do pingo
E um truco cheio de respingo

Faço poesias não perdidas
Para as lembranças nunca esquecidas
De minhas experiências vividas

Lembranças de outras carreiras
De amizades realmente companheiras
Com uma grande confiança verdadeira

Não posso perde uma rimada
Ainda mais se engraçada
Tentando agradar a gurizada

Entrei em jogo corrido
Ganhando mais um amigo
Essa é a lembrança que levo comigo

Faço poesias porque me agrada
Acordar na madrugada
Sonhando com essa vida desgarrada

Poesias de histórias reais e irreais
Demonstrando as idéias e ideais
Sem usar de termos ilegais

A realidade de meus melhores amigos
Sempre me relembra os tempos antigos
Compreendendo os caminhos vividos

Me agrada escrever assim sem noção
Porque já encontrei no coração
Da amizade, a verdadeira razão.

Diôzer R. Dias

- Direitos:

Todos os textos/frases/mensagens/palavras/etc..., aqui postados são de autoria de Diôzer Rodrigues Dias, as imagens utilizadas foram retiradas através de site de busca na internet. Todo e qualquer artigo literário que venha a ser utilizado neste Blog levará como rodapé sua autoria.

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Att. Diôzer Rodrigues Dias.