"As imagens a frente nos remetem a ilusão de conhecermos o tudo de tão pouco espaço, num ângulo de visão distorcido quanto a realidade dos caminhos tomados ao longo da vida. A vivência de tempos nos transmite a certeza do ontem e a bravura do hoje, mas não pode nos mostrar o caminho do correto amanhã. Os versos em suas variadas formas, demostram de forma única a cada um de nós, as maneiras de levar a frente a maior incógnita do mundo, a vida! - Sintam-se a vontade para comentar ." O autor.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

DROGAS

Através de imagens como esta retirada de http://desmotivado.com/2009/06/01/drogas-2/ é que temos mais uma visão de quanto o uso de algumas substâncias é letal a nossa saúde/vida.
Entristece-me ao ver e ouvir propagandas de apelo a algo que deveria ser enraizado a todos desde o momento de geração, ainda no útero, a fim de continuarmos de uma forma mais pura a dádiva da vida.
Esquecendo dos conselhos e exemplos vistos, alguns de nós se lançam mais cedo ao encontro da morte e do desconsolo, onde buscam a paz interior esquecem-se dos detalhes que fazem a diferença na real felicidade.
Importando-se apenas com o modelo ditado por “amigos” aos quais já nem lembram quem são e onde os conheceram.
São relatos conforme as palavras do Sr. Correto Áster.

Reconheci o cheiro quando iniciei, tomei a coragem de seguir e me entregar de corpo e alma ao sabor, ao odor e principalmente as sensações desta oitava maravilha do mundo, que na minha opinião deveria ser a primeira.
De maneira inexplicável em pouco tempo a sensação mais e mais forte, atraia-me a seu encontro e deixava meu corpo paralisado com a sua presença. Minha alma esquecida em algum canto de meu coração lacrimejado por atos insanos que eu cometera de maneira espontânea e impulsionado pela pressão (a qual cedi por fraqueza) de pessoas conhecidas e respeitadas por meu meio de contatos e amigos.
As experiências aflorando ao dinamismo de tudo poder conquistar apenas sentindo um odor mágico, que facilita e transforma tudo, mas que..., se certa forma..., não mais me satisfazia como antes, faltava algo.
E foi que certo dia quando eu estava a espera de nada, que mesmo sem ser convidado, um conhecido (pois não lembrava quem era) disse que iria me ajudar e injetou com uma agulha retirada de seu braço um líquido aparentemente inofensivo que segundo ele era um “remedinho” qual ele usava todos os dias.
Foi neste momento que senti uma paz interior e algo me rodeando e pedindo para que eu saísse dali, que eu fosse embora, para longe. E logicamente eu obedeci a meus instintos e continuei, deixei aquele conhecido terminar de me “medicar”, acabando com meus problemas e me entregando uma sensação melhor do que a anterior, e a sensação de alívio juntamente com a voz calma, sumiram.
E foi sumindo minha visão nítida da vida, turva permaneceu enquanto os segredos do universo pareciam inertes a meus sentidos, apenas sonhava com o hoje que não existe e o amanha que nem sem se irá acontecer.
Mais e mais, sem rumo certo, me vi coberto pelo desespero quando em certo momento não relutei em apresentar outra imagem deste ser terreno, apesar dos momentos em que estava “normal”, sem as reações de meus “remédios” eu sentir e ouvir aquela voz, eu nunca pensei em parar, estava bom, sumia mesmo que momentaneamente, mas sumia com meus problemas.
Alguns dias depois, sem mais necessitar de nada, pois neste mundo já não estava. Conheci o Dono da voz que por muito tempo tentou me guiar, estava Ele, de olhos vermelhos a chorar e braços sangrando, com vários furos de agulhas, e da mesma forma de sempre Ele me disse palavras doces e confortadoras.
Eu não sentia mais nada de dor ou de pressão pelos problemas da vida, mas Ele por outro lado, continuou pagando por meu erro e de meus conhecidos.

Diôzer R. Dias

domingo, 16 de janeiro de 2011

SENHOR DESTINO

Como pudera não reconhecer um rosto
Que se mostra ao oposto de minha vontade,
A igualdade dos fatos ditos a nos dois
Em eventos, pois por muitos tempos atrás.

Eram os caminhos cruzados de relatos insanos
De mentes tão inocentes nos rumos do vento,
Sem reparar nos tantos irreparáveis danos
Que de qualquer forma, sem demora, viriam com o vento.

Tanto perto quanto longe fomos apenas um
No largo incomum de versos ao relento,
Mostrava-se o vento o mais infiel de todos
O menestrel da história de nós dois.

Eu tomava todas as precauções
para que nossos caminhos se cruzassem,
o mínimo possível indagando os corações
para que todas as angustias passassem.

Fiquei eu mais uma vez somente com você
Em minha mente como em várias as outras noites,
Precárias de carinhos e afetos
Sonhando talvez com filhos e netos.

Tendo a certeza de nada saber
Do meu amor por você eu fugi,
Mais uma vez tentando me esquecer
De um amor que nunca fingi.

Diôzer R. Dias

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

EMARANHADO DE TAPERAS

Eu venho a trote remodelando tua imagem
Sei que ando sempre ligeirito a te buscar
Não entendo o que transmitem em mensagem
Eu venho a galope meus sonhos a trançar

Busco um recuerdo na lembrança teu semblante
Sou teu eterno amante um gaúcho aprendiz
Se quem bem me quis pelas pedras desta vida
Mostro na lida o valor que me diz

Busco na lembrança um fio de esperança
Esporeando a saudade lá de fora
Quero agora teus achegos inundando
Minha alma e meu corpo acalmando

As taperas são encontros em fim de tarde
Para duas almas que buscam seu caminho
Moro sozinho em meu ranchito singelo
Sonhando sempre com teu rosto puro e belo

Ah prendinha que roubou este gaúcho
Sabes que estou te buscando a invernias
São nas noites frias que teu nome me aquece
São meus ouvidos que tua voz não esquece

Trago embalados sonhos tantos nas esporas
Sonhos de agora que vieram do passado
Voltam ao pago deste sonho, coração
Sou teu rincão tua parada assim por certa

Uma morada encoberta vislumbrando o céu
A lua em seu véu rasgado por uma estrela que cai
É quando tu sai para longe de mus achegos
Procuro em meus dedos a coragem necessária.

A andorinha é a comissária, de boa sorte
Rumo pra o norte, pois vou a teu encontro
Acredito já estar pronto, para receber teu carinho
Canto como canarinho ao te imaginar.

Fico rengeando ao pensar que podes não me querer
Prendinha, meu bem-querer, tu sabes que me laçou
Aos poucos me amadrinhou, para que devagarito
Sem precisar de grito, tu me ganhaste.

Tu que sonhaste com esta estampa de peão
Rude, pés no chão, a estirpe de pachola
Tu não da cola pra conversa alheia
Eu sei, sem peleja, com calmaria.

Guria em vestido de chita
Meu coração palpita ao te ver
Esse meu ser abarrotado de emoção
Traz um coração puro e simples

Sem alvoroço a tiro em uma marca
Seu pai um monarca dos mais buenos
Acostumado aos serenos do dia a dia
Não pia, apenas espia.

Moreninha que levou meu pala
So por regalo, cala minhas palavras
Brabas e sem rumo, leva pra ti
Não sou bem te vi mas sei cantar

Quero teus filhos embalar em meu pala
Levar em uma mala os panos que comprares
Quero que me ampares nos dias longos
Cevando amargos em porongos curtidos.

Chimarronear ao teu lado pela eternidade
E apesar da longa idade que tiver
Quando um filho vier, poder abraça e brincar
E se preciso for chorar, somente ao teu lado

Cerzir um poncho pra te esquentar
Algum gado apartar nesse ranchito
Fundão de grito perdido ao horizonte
Num emaranhado de taperas

Sei quem tu eras e quem tu és agora
Vivo no mundo lá fora por vontade de Deus
Quero filhos teus se Ele nos permitir
Continuo a existir para te conquistar

Aprendi a amar essa terra que me vem
Em aguaceiros o azevem pro pingo
No churrasco de domingo bem calmo
Fico a um palmo deste sonho.

Diôzer R. Dias.

- Direitos:

Todos os textos/frases/mensagens/palavras/etc..., aqui postados são de autoria de Diôzer Rodrigues Dias, as imagens utilizadas foram retiradas através de site de busca na internet. Todo e qualquer artigo literário que venha a ser utilizado neste Blog levará como rodapé sua autoria.

Sem mais, espero que gostem da leitura e aproveitem bem o espaço destinado a comentários.

Att. Diôzer Rodrigues Dias.