"As imagens a frente nos remetem a ilusão de conhecermos o tudo de tão pouco espaço, num ângulo de visão distorcido quanto a realidade dos caminhos tomados ao longo da vida. A vivência de tempos nos transmite a certeza do ontem e a bravura do hoje, mas não pode nos mostrar o caminho do correto amanhã. Os versos em suas variadas formas, demostram de forma única a cada um de nós, as maneiras de levar a frente a maior incógnita do mundo, a vida! - Sintam-se a vontade para comentar ." O autor.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

MINHAS VOZES

Hoje aconteceu novamente
Ouvi aquela voz me chamando
Não estava muito sorridente
Algo estava me mandando

Desconfiei como de costume
Olhei para trás e nada
E antes mesmo que eu me aprume
Outra vez a voz vinha do nada

Chamava meu nome incessantemente
Já havia me acostumado
Mas hoje parecia ser diferente
Parecia avisar sobre alguém do meu lado

Um privilégio talvez para alguém
Que ainda esta se acostumando
Sem ter a compreensão de ninguém
De, como vozes vive escutando

Escuto meu nome a sussurrarem
Nos mais diferentes lugares
No meu destino mandarem
Ouvindo vozes pelos ares

Quantas vezes procurei
Pela pessoa que meu nome chama
A procura dela somente andei
Espero que seja alguém que me ama

Vozes dizendo perfeitamente o meu nome
Falam calmamente aos meus ouvidos
Sopram em detalhes, e depois, some
E esses sons tornam-se vividos

Nunca havia contado a ninguém
O que ouço pelos meus caminhos
Quem iria acreditar em vozes do além
São meus passos que seguem sozinhos

É uma solidão incomparável
Viver rodeado de vozes conhecidas
De um ou outro ser amável
Que vem informando partidas

Nunca sei quem nem quando
Somente ouço e espero o futuro
Pelos caminhos da vida ando
Já que o resultado vai ser duro

Sem saber para onde correr
Busco no abrigo de minha memória
Um bom lugar para me esconder
Guardando nela toda e qualquer história

São amigos, parentes, entes queridos
Que já soube de antemão
O destino destes amigos
Só consigo amarrar meu coração

Fico amarrado por na saber
Quem será a pessoa
Nem o que vai acontecer
É algo que muito me magoa

Saber que posso ajudar alguém
Ou ao menos avisar do fato
Me sinto um ninguém
Vivendo mais este ato

A vida claramente me honrou
Com uma dádiva real
Porem a ela me amarrou
Faz-me viver um mundo surreal

Não sei se um dia saberei
Para quem me levam os sussurros
Só sei que esta sina seguirei
Levando da vida, pontapés e murros

É difícil acreditar no ocorrido
Mais uma vez fui visitado
Alguém eu poderia ter socorrido
Realmente, preciso deste fardo

Alguém impôs muita confiança
Em um garoto que ainda aprende
Deus deixou-me de herança
Uma alma que me compreende

Ouço vozes que vem do além
Nunca sei de onde elas ecoam
Nem sei quem é esse alguém
Que meus sentimentos magoam

Um dia saberei quem são
As pessoas que tentam me avisar
Vivo no rumo do meu coração
Ainda sozinho estou, a vagar

Hoje aconteceu novamente
As vozes vieram de repente
Foi-se de um amigo já carente
Para perto de Deus, mais um parente.

Diôzer R. Dias

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