Hoje é domingo, inicio de inverno
Já são praticamente cinco horas da manha
Estou a avistar a lua em seu manto eterno
Vou aproveitá-la, não sei se a terei amanha
A lua esta pequena mas ilumina longe assim
Com a pouca ajuda das estrelas
Vai iluminando os caminhos pra mim
Para que eu sempre possa velas
Algumas nuvens aprimoram a paisagem
Estou aqui, sentado sobre uma pedra a beira d’água
Esperando que o céu me traga uma mensagem
E tentar arrancar do peito essa magoa
E ela veio, rápida, rasgando o céu
Como se entendera a mensagem desse aprendiz
Uma estrela morre, cadente, rasga o céu
Será que vai atender o pedido que fiz?
A noite de véu rasgado calou-se
Só ouvia o vento bater as folhas suas
E aos poucos o tempo, mudou-se
Na água as estrelas banhavam-se nuas
Incomodo-me ao sentir este frio
O minuano quase assobia
Mesmo assim ele continua calmo e macio
Sei que de tudo ainda não sabia
A lua que não vive sozinha
Ainda me escuta chorar baixinho
Ela por certo já fez sua casinha
Eu ainda construirei meu ninho.
Diôzer R. Dias
Diôzer, infelizmente não pode ser olho a olho mas foi coração a coração e sua poesia me revelou uma sensibilidade e intensidade quase visceral, ouso dizer que, você deve ser "louco" porque todo poeta dela tem um pouco... Parabéns, pelo blog!
ResponderExcluir