Que loucura ver o tempo passar
E as mesmas coisas se repetirem
Como pessoas queridas a partirem
E nós continuamos sozinhos, a andar.
Maneados pelo tempo que nunca igual
Hora passa depressa, hora é vagaroso
Ta sim, esse tal tempo, muito do baldoso
Vamos, rolados por ele, pior que um animal.
Tentamos e até conseguimos
Graças ao Patrão Celeste
Que um pouco de paciência empreste
Para cada dia, mais longe irmos.
Sem ter um rumo certo, sigo, só sigo.
Mas sem afrouxar pra tempo feio
Boto cancha feito dono de rodeio
Porque uma coisa ainda não consigo.
Não consigo te provar que estou certo
Talvez pelo tempo ser tão pouco
Ou meu instinto que não deixa de ser louco
Por querer você aqui, sempre por perto.
Sou andejo, levado pelo minuano
Buscando a compreensão de tantos
Através de minhas poesias e cantos
Que retrato a muito mais de ano.
Sem perceber transcrevo versos
Buscando um infinito de outro tempo
Que vem de mancito, transando tento
Mostrando minha vida ao inverso.
Será errado eu chimarronear
Com campeiros de longa data
Será errado eu cortar caminho pela mata
Só para mais de perto ver teu olhar.
Mulher com ares de menina
Que o tempo rude me presenteou
Com um sorriso a duas marcas me maneou
Mostrando o tempo que essa é a minha sina.
Aceitar eu devo, acreditar não consigo
Quase uma iguaria sem preço
Guacha, ainda de mancito, no começo
Vou a trote, no teu rastro eu sigo.
O tempo será sempre pouco
Para uma proza de romanceiro
Que vem e vai como tropeiro
Seguindo sempre no mesmo tranco.
Trago no poncho um costume antigo
De falar, levar e buscar sempre a verdade
Não dou regalo pra nenhuma idade
Mesmo que a um grande amigo.
Nesta hora em que meus olhos sangram
Por saberem da verdade
Que um coração guarda tanta maldade
O meu volta a ser solidão.
Ah, tempo maleva e traiçoeiro.
Por ser tão pequeno não te tenho
O suficiente, a tua imagem só desenho
Por ser apenas, bom companheiro.
Tu que és usado como desculpa
Quanto maior, maior a razão
Eu que te tenho sem distinção
Sou o único que leva a culpa.
Tu bem sabes tempo desgarrado
Quem tem a palavra incrustada
Nunca refuga uma estrada
É o meu coração abandonado.
Tempo velho, que conhece a todos
Sopra no ouvido daquela china
E me aparta dessa judiaria de sina
Que de ti tempo, quero muitos outros.
Bueno demais também estraga
Tem que ter um falatório diferente
Afinal, vivemos lidando com gente
Sorvendo uma vida meio amarga.
Lembrando de tudo o que falei
Para uns e para outros por ai
Fico ao relento, silencioso, pensando em ti
Usando de toda a calma que herdei.
Seu tempo, já dei o meu recado,
Leva na garupa estas palavras
Que deixo nestes versos lavradas
Pois eu, mereço ser amado.
E as mesmas coisas se repetirem
Como pessoas queridas a partirem
E nós continuamos sozinhos, a andar.
Maneados pelo tempo que nunca igual
Hora passa depressa, hora é vagaroso
Ta sim, esse tal tempo, muito do baldoso
Vamos, rolados por ele, pior que um animal.
Tentamos e até conseguimos
Graças ao Patrão Celeste
Que um pouco de paciência empreste
Para cada dia, mais longe irmos.
Sem ter um rumo certo, sigo, só sigo.
Mas sem afrouxar pra tempo feio
Boto cancha feito dono de rodeio
Porque uma coisa ainda não consigo.
Não consigo te provar que estou certo
Talvez pelo tempo ser tão pouco
Ou meu instinto que não deixa de ser louco
Por querer você aqui, sempre por perto.
Sou andejo, levado pelo minuano
Buscando a compreensão de tantos
Através de minhas poesias e cantos
Que retrato a muito mais de ano.
Sem perceber transcrevo versos
Buscando um infinito de outro tempo
Que vem de mancito, transando tento
Mostrando minha vida ao inverso.
Será errado eu chimarronear
Com campeiros de longa data
Será errado eu cortar caminho pela mata
Só para mais de perto ver teu olhar.
Mulher com ares de menina
Que o tempo rude me presenteou
Com um sorriso a duas marcas me maneou
Mostrando o tempo que essa é a minha sina.
Aceitar eu devo, acreditar não consigo
Quase uma iguaria sem preço
Guacha, ainda de mancito, no começo
Vou a trote, no teu rastro eu sigo.
O tempo será sempre pouco
Para uma proza de romanceiro
Que vem e vai como tropeiro
Seguindo sempre no mesmo tranco.
Trago no poncho um costume antigo
De falar, levar e buscar sempre a verdade
Não dou regalo pra nenhuma idade
Mesmo que a um grande amigo.
Nesta hora em que meus olhos sangram
Por saberem da verdade
Que um coração guarda tanta maldade
O meu volta a ser solidão.
Ah, tempo maleva e traiçoeiro.
Por ser tão pequeno não te tenho
O suficiente, a tua imagem só desenho
Por ser apenas, bom companheiro.
Tu que és usado como desculpa
Quanto maior, maior a razão
Eu que te tenho sem distinção
Sou o único que leva a culpa.
Tu bem sabes tempo desgarrado
Quem tem a palavra incrustada
Nunca refuga uma estrada
É o meu coração abandonado.
Tempo velho, que conhece a todos
Sopra no ouvido daquela china
E me aparta dessa judiaria de sina
Que de ti tempo, quero muitos outros.
Bueno demais também estraga
Tem que ter um falatório diferente
Afinal, vivemos lidando com gente
Sorvendo uma vida meio amarga.
Lembrando de tudo o que falei
Para uns e para outros por ai
Fico ao relento, silencioso, pensando em ti
Usando de toda a calma que herdei.
Seu tempo, já dei o meu recado,
Leva na garupa estas palavras
Que deixo nestes versos lavradas
Pois eu, mereço ser amado.
Diôzer R. Dias
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