"As imagens a frente nos remetem a ilusão de conhecermos o tudo de tão pouco espaço, num ângulo de visão distorcido quanto a realidade dos caminhos tomados ao longo da vida. A vivência de tempos nos transmite a certeza do ontem e a bravura do hoje, mas não pode nos mostrar o caminho do correto amanhã. Os versos em suas variadas formas, demostram de forma única a cada um de nós, as maneiras de levar a frente a maior incógnita do mundo, a vida! - Sintam-se a vontade para comentar ." O autor.

terça-feira, 13 de julho de 2010

POR QUE ESCREVO

Faço poesias contanto a minha verdade
É bárbara e crua a realidade
Quando não se fala em maldade

Mostro no rosto uma face pura
Que o mundo olha e jura
Suportar as dificuldades de tal altura

Trago no jogo do amor
Bem perto do peito uma flor
Pra segurar as lágrimas da dor

Tendo sempre meio de lado
Um laço que me foi apadrinhado
Por um peito magoado

Faço poesias lembrando uma vida
Que temos apenas de ida
Os ensinamentos de uma rude lida

Aprendendo nas coisas que trago
A respeitar a todo pago
Pra não receber um mate muito amargo

Sem respeitar convenções
Trago no peito as velhas missões
Lembradas envolta aos fogões

Uma ansiedade meio que me revolta
Quando do coração batem a porta
Para dizer que aquele tempo não volta

Faço poesias lembrando o passado
Aquele velho pala amarrotado
E os meus lenços amontoados

Não uso de versos não rimados
Para que o coração dos enamorados
Nunca fiquem abandonados

Aprendemos o pezinho a dançar
Do churrasco a gostar
E o chimarrão a cultivar

Conhecemos o brinco de princesa
A uma prenda tratar com leveza
A este pago gostar com certeza

Faço poesias para meus amigos
Mesmo sendo alguns antigos
Nunca me apresentaram inimigos

Pessoas que me trouxeram sorte
Ainda não me livraram da morte
Mas sempre sabem seu norte

Amigos de indiadas por demais
Lidam sempre por seus ideais
E não se entregam já mais

Dos mais longínquos pagos
Acreditam até em bruxas e magos
Buscando seus grandes afagos

Faço poesias para o tempo de agora
Que me mostra a realidade lá fora
E algumas coisas, não deixa ir embora

Tempo tardio ou repentino
Tira lágrimas dos olhos deste menino
Lembrando com orgulho de um hino

Tempo amigo e companheiro
Traz sempre consigo um herdeiro
E mostra-nos um pago hospitaleiro

Tempo de façanhas e intrigas mil
Que gosta muito de brigas a fio
Sendo da calma, curto o pavio

Faço poesias para meus amores
Que apesar de tantas dores
Nunca conseguiria guardar rancores

É como um vento uivando
Quando o coração gritando
Fica por ai vagando, e andando

Buscando uma forma de aparecer
Recostado em seu humilde ser
Aos pouquitos esta a crescer

Aprendendo mais e mais da vida
Foi traído por várias partidas
E consolado pelas experiências vividas

Faço poesias agradecendo
O quando venho crescendo
E dessa vida aprendendo

Buscando no Patrão Maior
Uma vida digna e melhor
Sem dos outros pensar o pior

Encontro na Senhora do pago
Todo aconchego e afago
Domando as agonias que trago

É esta fé que move montanhas
Conhece vozes estranhas
Que me ensina muitas manhas

Faço poesias para o Rio Grande
Pago bunacho e gigante
De imensas belezas por onde ande

Cultivando os costumes deste povo
Que vive a buscar um algo novo
Na roda de mate em que sorvo

Em meio a churrasco e chimarrão
Que vai repassado de mão em mão
Cultivando essa bela tradição

Me agrada o fogo de domingo
O bater de patas do pingo
E um truco cheio de respingo

Faço poesias não perdidas
Para as lembranças nunca esquecidas
De minhas experiências vividas

Lembranças de outras carreiras
De amizades realmente companheiras
Com uma grande confiança verdadeira

Não posso perde uma rimada
Ainda mais se engraçada
Tentando agradar a gurizada

Entrei em jogo corrido
Ganhando mais um amigo
Essa é a lembrança que levo comigo

Faço poesias porque me agrada
Acordar na madrugada
Sonhando com essa vida desgarrada

Poesias de histórias reais e irreais
Demonstrando as idéias e ideais
Sem usar de termos ilegais

A realidade de meus melhores amigos
Sempre me relembra os tempos antigos
Compreendendo os caminhos vividos

Me agrada escrever assim sem noção
Porque já encontrei no coração
Da amizade, a verdadeira razão.

Diôzer R. Dias

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