"As imagens a frente nos remetem a ilusão de conhecermos o tudo de tão pouco espaço, num ângulo de visão distorcido quanto a realidade dos caminhos tomados ao longo da vida. A vivência de tempos nos transmite a certeza do ontem e a bravura do hoje, mas não pode nos mostrar o caminho do correto amanhã. Os versos em suas variadas formas, demostram de forma única a cada um de nós, as maneiras de levar a frente a maior incógnita do mundo, a vida! - Sintam-se a vontade para comentar ." O autor.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

PEALADA

Apartaram um novilho
Bem gordo já quase touro
Amadrinhando o baio mouro
Que por novo não teve filho.

Seguirão pelando
Rumando o mangueirão
Como entoada perfeita
Batendo os cascos no chão.

O novilho enxergando a morte
Entre as taboas da mangueira
Se alvorotou levantando poeira
Trocando dia por noite.

E entre gritos e açoite
A martelada era certeira
Uma pealada por inteira
E o potro poi-se a dormir.

A peonada deu por encerrada
Uma pealada assistida
Antes da faca ser enterrada
Um novilho, um upa e a partida.

Um grito ao longe ecoou
A moça estava em perigo
A pealada não era perfeita
Mas o susto logo calou.

Um laço surgido ao horizonte
Como armada pra rodeio
O novilho virou num monte
Caído embolado campo fora.

Na outra ponta do laço
Pés bem cravados no chão
Esticada a cana do braço
Seu peão a moça avistou.

Morreu virado pra o norte
Um novilho já quase touro
Um peão sem medo da morte
A moça levou no mouro.

Diôzer R. Dias

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