Era mês de março
Diôzer R. Dias / Juliane Bastos
Estava tudo planejado
Final de semana, rodeio
Tudo tão desejado.
Amigos, acampamento
Festas, bebidas e danças.
Estava tudo pronto
Pra começar as festanças.
Em uma tarde de sol
Ao longe eu avistei
Dois seres estranhos
Um deles eu gritei.
Rápido veio eles
Felizes a nos cumprimentar
Um era amigo de pouco tempo
O outro não consegui lembrar.
Falamos bobagens e rimos
E eles com algo na mão
Ofereceram a todos
E ninguém disse não.
Foram conversas sem sentido
Todos feitos loucos
Uma tarde diferente
5 amigos e um côco.
A conversa foi longe
E ninguém mais apareceu
Combinamos a noite
Que logo nasceu.
Tudo tem seu momento certo
Enquanto um não parava de falar
O outro de longe observava tudo
Então assim eu fui me apresentar.
Foram momentos marcantes
Naquele clima gostoso
Histórias engraçadas
Planos de se ver de novo.
Tornou-se algo inesquecível
Em uma tarde de sábado
Na despedida um até mais
E o gosto do inacabado.
A noite que chegou depressa
Trouxe à tona as imagens
Meio destorcidas
Com as brincadeiras e sacanagens
Entre uma dança ou duas
Uma nova despedida
Teria de recolher as coisas suas
Em um acampamento a revés
Voltaram de solavanco
Os dois seres diferentes
Um sempre a mostrar os dentes
E outro a conversar com os olhos
A amizade tomava conta
Sem o ímpeto de mais
Uma brincadeira como afronta
Foram abrindo baile os casais
Entre um carro e outro
Uma musica e outra
Trocando de pares
Com amizade, nada de afronta
Na penumbra da noite
Um beijo roubado
O som externo abafado
Pela atração no olhar
Ninguém sabe de quem partiu
Só sabe-se que aconteceu
Nos dois o mesmo arrepio
E um gosto de quero mais
O tempo parecia fugir
Por entre os dedos a agir
Com destreza, sem preocupações
Procurando sempre mais
Mais um abraço,
Mais um afago,
Mais um beijo
Mais e mais desejos.
Deixados entre ramos de flores
Os espinhos de saudades
Em meio a palavras e verdades
Para nunca ouvir um adeus.
Se fosse só a última estrofe teria ficado perfeito!
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