"As imagens a frente nos remetem a ilusão de conhecermos o tudo de tão pouco espaço, num ângulo de visão distorcido quanto a realidade dos caminhos tomados ao longo da vida. A vivência de tempos nos transmite a certeza do ontem e a bravura do hoje, mas não pode nos mostrar o caminho do correto amanhã. Os versos em suas variadas formas, demostram de forma única a cada um de nós, as maneiras de levar a frente a maior incógnita do mundo, a vida! - Sintam-se a vontade para comentar ." O autor.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

ATRAVES DELA EU TE ENCONTRO

Olho pela janela buscando os olhos teus
Um reflexo traz algo, mas são os olhos meus
Busco te encontrar através do brilho das estrelas
Mas quanto mais imagino, mais sofro ao vê-las.

Piscam as estrelas conforme bate meu coração
É indomado e carente até então
Bate forte quanto mais penso naquele alguém
Mais forte bate ao lembrar que hoje sou ninguém

Tornei-me um ninguém nesse mundo de tantos
Trancado em meu quarto vejo-me aos prantos
Ao lembrar o que fizeram com nossos sentimentos
E ver que não pensaram em nossos momentos

Que foram profundos e eternos sonhadores
Busco um regalo da noite, inspiração para os amores
Sem perceber a noite me leva mais uma vez
A escrever sobre o que um alguém desfez

A noite é a inspiração dos poetas
É a musa que acompanha os profetas
É a minha dama que aparece iluminada
É a amiga que dos meus segredos, não conta nada

Torno-me escravo das estrelas cadentes
Sou gaudério apaixonado de coração incandescente
Buscando apenas no aconchego da noite fria
Um abraço apertado daquela guria

Noite que protege os amantes
Ilumina o caminho deste gaudério andante
Pois um dia ele cria coragem
E vai buscar ela mesmo em longa viagem

Vejo através dos quadros desenhados
Que emolduram a janela, bem traçados
O teu nome escrito entre as constelações
E viajo a imaginar-te nessas imensidões

Mesmo que estejas rodeada de nuvens escuras
Ou iluminada por trovoadas duras
Tu sempre serás a minha inspiração
Noite bela que me toca ao coração

Minha janela parece me fazer perceber
Que mesmo e buscando o saber
Tu nunca me revelarás toda a verdade
Mas te reverencio noite, sem maldade

O vidro da janela torna-se espelho
Quando o sentimento quase parelho
As inquietudes de uma vaga alma
Me fazem por um momento perder a calma

Irritado fico quando não a tenho
Busco nos céus apenas o desenho
De teu rosto emoldurado entre as estrelas
Dos quadros da janela que me deixam vê-las

O negro céu por mais escuro que esteja
Nunca conta-me quem me deseja
Por mais ímpeto que pareça
Ele apenas me diz: “esqueça”

Não acredito em acordes mal tocados
Pelos raros boêmios iluminados
Por algum candeeiro ou lampião
Vivem a tocar o que lhes toca o coração

Sempre que tu vens noite fria
Mesmo apesar de estar sombria
Eu te venero pelo teu poder
Compondo algumas palavras de meu ser

Uso o tracejado de tuas estrelas tantas
Como linhas para uma frase que me encantas
E escrevo mais e mais sem rumo certo
Querendo apenas um alguém por perto

Ah noite, se tu falasse por tua voz
Talvez hoje eu não estaria a sós
Com pensamentos em vezes vazios
E redigindo meus pensamentos frios

A tua madrugada que me embala
É a mesma rasgada a bala
Que minha alma sente
A maldade no coração dessa gente

Te vejo entre quadros pequenos
Noite que ofusca os venenos
E os transforma em textos altivos
Continuando assim, alguns poetas vivos.
Diôzer R. Dias

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