Eu imaginava, quando lhe encontrei pela primeira vez, ainda lembro, aquele 05 de junho de 2009, um dia frio e cinzento. Eu necessitava de algo para me esquentar, fui até o café da esquina, já batiam mais de 17h25min e meu estomago teimava em pedir-me mais um chocolate-quente (por regalia talvez), era o costume, todo fim de tarde de sexta feira o bom e quentinho copo de chocolate-quente.
A duas quadras de onde me encontrava e a menos de uma da cafeteria, não pude deixar de notar a conversa de duas pessoas, uma bem brasileira, outra, um tanto castelhana, ou “hermana” como diriam alguns amigos meus. Aquele sotaque inebriou meus sentimentos, a bebida agora estava em segundo lugar, desacelerei um passo apressado e repetido, parei-me a notar os detalhes das vitrines ao redor dela, só como mera desculpa de uma vagarosa aproximação.
Há tempos não sentia uma atração profunda por uma moça de seus 21 anos, com ares de menina, descobrindo os segredos do país visinho, já sabia muito de sua vida em uns 05 ou 07min que fiquei a escutá-las. No impulso da coragem e do medo de nunca mais a vê-la, cheguei, um coração batendo forte acelerado, como se a precisar de adrenalina para continuar vivo, apresentei-me com toda a educação possível, um nome em partes fácil para ela, Diego Garcia de Moraes, e ela a um meio sorriso tímido, sussurrou um nome que eu nunca mais poderia esquecer, Adrianyta Gonssales Dias, ainda hoje devo desculpas a amiga dela, da qual, não me recordo o nome.
Adry, como gostava de ser chamada, mora em La Palma no Panamá, e eu, mero “gauchito” do interior do RS, apenas podia permanecer ali, estagnado perante a voz e as histórias de viagem de Adry. Duas culturas distintas e duas famílias tradicionais, durante umas três semanas se bem me recordo, continuamos a nos encontrar no mesmo local, a amida dela já não ia junto, talvez pela forma com a qual fosse deixada de lado, abandonada pela conversa de dois novos e loucos apaixonados.
Recebemos a notícia que em três dias a família dela iria voltar para o Panamá, lugar tão longe que eu nem conseguia distinguir no mapa onde pudera ser, porém, permaneceram as promessas e os desejos de um breve reencontro, o qual, segundo nossa imaginação seria simples, mal sabíamos nós que a beleza dos momentos vividos até então estavam acabando em uma velocidade sem condições de ser explicada. Aprendi nesse momento o quanto vale 01min ao lado de quem se ama, apesar de não ter dito belas palavras a moça de sotaque castelhano, contive-me em olhar bem para ela, dentro das duas meninas que a acompanham desde que a este mundo veio, e deixar claro meus sentimentos.
Adry se foi, e com ela começaram as cartas, os e-mails, as fotos, as declarações, mas o tempo é um amigo fiel, e um inimigo traiçoeiro, em uma das fotos recebidas por ela, percebi ao fundo um homem, não poderia ser um amigo, pois pude notar que ele estava bem à-vontade em um dos cômodos da casa, o qual ela mesma havia dito que somente as amigas intimas poderiam freqüentar e que eu, provavelmente só o conheceria por foto, entendi o que estava acontecendo, depois de um ano a espera dela, desisti de tudo.
Hoje, falta um mês para meu casamento e mesmo assim a saudade me manda enviar um convite e uma foto nossa ao endereço que tenho ainda guardado, enviei, uma carta ao Panamá que só chegará lá em 15 dias. É chegada a hora, dia 17 de setembro de 2010, dia de meu casamento com Anelise. Em torno de 4h antes, recebo uma carta, é de Adry, reluto em abri-la mas a lágrima que cai sobre a carta, de certa forma faz com que ela se descole um pouco, ao abri-la apenas vejo pedidos de desculpas, aquela foto que fez com que eu a deixa-se e o nome do homem próximo a ela, era Marcal Gonssales Dias, seu irmão, a raiva não me deixava raciocinar direito, por que ela não havia me contado?
O choro fino, de duas damas talvez, retorceu meu rosto para a porta, estavam lá, Anelise e Adrianyta, minha noiva não fazia um gesto que fosse e Adry pediu que eu continuasse a ler a carta que ela havia enviado com a foto, que provavelmente eu não terminei de ler na época, depois de alguns instantes procurando encontrei, a última frase dizia, em português para a minha surpresa: “Eu queria que você estivesse aqui comigo, mas estamos presos onde estamos, é tão difícil, você está tão longe, meus pais o convidaram para vir morar aqui, desde que você case comigo, meu irmão está aqui me ajudando a reorganizar o quarto para nós dois. Você aceita?".
Sem respostas e já chorando muito, pedi desculpas a Anelise e a Adry, minha noiva me devolveu o anel, e engolindo as lágrimas pediu para que eu fosse muito feliz com ela, e que a convidasse para o nosso casamento. Só pude dizer a Adry:
-Agora não estamos mais longe. Enfim, poderemos nos ver todos os dias. Se for para ficar ao lado de alguém para o resto da vida, ou preso como alguns amigos dizem, que seja com você. Desculpa meu amor.
Senti novamente o sabor daqueles lábios que nunca saíram da minha memória, e voltei a sorrir e a me apaixonar a cada dia, lembrando que tudo começou em uma sexta-feira cinzenta de Junho.
A duas quadras de onde me encontrava e a menos de uma da cafeteria, não pude deixar de notar a conversa de duas pessoas, uma bem brasileira, outra, um tanto castelhana, ou “hermana” como diriam alguns amigos meus. Aquele sotaque inebriou meus sentimentos, a bebida agora estava em segundo lugar, desacelerei um passo apressado e repetido, parei-me a notar os detalhes das vitrines ao redor dela, só como mera desculpa de uma vagarosa aproximação.
Há tempos não sentia uma atração profunda por uma moça de seus 21 anos, com ares de menina, descobrindo os segredos do país visinho, já sabia muito de sua vida em uns 05 ou 07min que fiquei a escutá-las. No impulso da coragem e do medo de nunca mais a vê-la, cheguei, um coração batendo forte acelerado, como se a precisar de adrenalina para continuar vivo, apresentei-me com toda a educação possível, um nome em partes fácil para ela, Diego Garcia de Moraes, e ela a um meio sorriso tímido, sussurrou um nome que eu nunca mais poderia esquecer, Adrianyta Gonssales Dias, ainda hoje devo desculpas a amiga dela, da qual, não me recordo o nome.
Adry, como gostava de ser chamada, mora em La Palma no Panamá, e eu, mero “gauchito” do interior do RS, apenas podia permanecer ali, estagnado perante a voz e as histórias de viagem de Adry. Duas culturas distintas e duas famílias tradicionais, durante umas três semanas se bem me recordo, continuamos a nos encontrar no mesmo local, a amida dela já não ia junto, talvez pela forma com a qual fosse deixada de lado, abandonada pela conversa de dois novos e loucos apaixonados.
Recebemos a notícia que em três dias a família dela iria voltar para o Panamá, lugar tão longe que eu nem conseguia distinguir no mapa onde pudera ser, porém, permaneceram as promessas e os desejos de um breve reencontro, o qual, segundo nossa imaginação seria simples, mal sabíamos nós que a beleza dos momentos vividos até então estavam acabando em uma velocidade sem condições de ser explicada. Aprendi nesse momento o quanto vale 01min ao lado de quem se ama, apesar de não ter dito belas palavras a moça de sotaque castelhano, contive-me em olhar bem para ela, dentro das duas meninas que a acompanham desde que a este mundo veio, e deixar claro meus sentimentos.
Adry se foi, e com ela começaram as cartas, os e-mails, as fotos, as declarações, mas o tempo é um amigo fiel, e um inimigo traiçoeiro, em uma das fotos recebidas por ela, percebi ao fundo um homem, não poderia ser um amigo, pois pude notar que ele estava bem à-vontade em um dos cômodos da casa, o qual ela mesma havia dito que somente as amigas intimas poderiam freqüentar e que eu, provavelmente só o conheceria por foto, entendi o que estava acontecendo, depois de um ano a espera dela, desisti de tudo.
Hoje, falta um mês para meu casamento e mesmo assim a saudade me manda enviar um convite e uma foto nossa ao endereço que tenho ainda guardado, enviei, uma carta ao Panamá que só chegará lá em 15 dias. É chegada a hora, dia 17 de setembro de 2010, dia de meu casamento com Anelise. Em torno de 4h antes, recebo uma carta, é de Adry, reluto em abri-la mas a lágrima que cai sobre a carta, de certa forma faz com que ela se descole um pouco, ao abri-la apenas vejo pedidos de desculpas, aquela foto que fez com que eu a deixa-se e o nome do homem próximo a ela, era Marcal Gonssales Dias, seu irmão, a raiva não me deixava raciocinar direito, por que ela não havia me contado?
O choro fino, de duas damas talvez, retorceu meu rosto para a porta, estavam lá, Anelise e Adrianyta, minha noiva não fazia um gesto que fosse e Adry pediu que eu continuasse a ler a carta que ela havia enviado com a foto, que provavelmente eu não terminei de ler na época, depois de alguns instantes procurando encontrei, a última frase dizia, em português para a minha surpresa: “Eu queria que você estivesse aqui comigo, mas estamos presos onde estamos, é tão difícil, você está tão longe, meus pais o convidaram para vir morar aqui, desde que você case comigo, meu irmão está aqui me ajudando a reorganizar o quarto para nós dois. Você aceita?".
Sem respostas e já chorando muito, pedi desculpas a Anelise e a Adry, minha noiva me devolveu o anel, e engolindo as lágrimas pediu para que eu fosse muito feliz com ela, e que a convidasse para o nosso casamento. Só pude dizer a Adry:
-Agora não estamos mais longe. Enfim, poderemos nos ver todos os dias. Se for para ficar ao lado de alguém para o resto da vida, ou preso como alguns amigos dizem, que seja com você. Desculpa meu amor.
Senti novamente o sabor daqueles lábios que nunca saíram da minha memória, e voltei a sorrir e a me apaixonar a cada dia, lembrando que tudo começou em uma sexta-feira cinzenta de Junho.
Diôzer R. Dias
Ahhh, demais *-*
ResponderExcluirQue final interessante, pena que nem tudo é assim.
Boa sorte ♥